E sou?

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BeloHorizonte, Minas Gerais
; Não sou eu, mas eu fui assim; e cheguei a quase ficar assim! Nem graças ao elixir de inhame eu hoje seria assim. E sentí-la morrer comigo, só então sentí-lo morrer dentro de mim. [Falo sobre o comportado apático e sobre a sensação de assim ter sido]

sábado, setembro 20, 2008

Suja



E todos os dias me nego a entender
O porque do fazer, da situação
E me ponho úmida
A cada momento infame de libertação
E a subjetividade complexa
Do tema a se tratar, não?
É um período ridículo de quando ficamos a mercê
Isso ou aquilo nos torna mais tolos
É... A perda
O não saber na significação desta
E tive?
Negação incompleta na espera
Ser mais do que quer
E ser aquilo que promoveria afeto.
Incompatibilidade de ações
Nos levam a uma infinidade de processos problemáticos
Há um acúmulo de desgaste
E a querência ou falta dela
Não é uma simples inverdade.
Deixemos de lado toda a situação
Que nos torna imóveis ao incômodo
Não é como antes,
Agora há com o que se preocupar
Mas há também a falta de disponibilidade
De aplicar a dialética no cotidiano.
É o nobre sentimento
Que faz mal na aceitação
Então renego a entendência
Pra ter mais onde deitar a cabeça
Nas noites de displicência
Pra derramar minha liberdade suja num colchão.

[Nathália Duque Gonçalves]

2 comentários:

Nayara .NY disse...

éh mulher...
querida e suja mulher...
q como tantas
e diferente de todas
Oq surge, pois, nessa inigualável
neblina
nessa ponte atravessada
são as mais sórdidas palavras
Que subentendo em meus pensamentos
e espero q compreenda...
como tento lhe compreender
Lhe amo
sua puta desvairada
q assombra minha mente
com as mais sujas poesias
incrível e doce poetisa...
um beijo...

F. Riso disse...

" Então renego a entendência
Pra ter mais onde deitar a cabeça
Nas noites de displicência "

Um trecho tanto diz; uma autora tanto devanea; uma leitora tanto absorve.
Uma absorção suja, mas fértil.