E sou?

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BeloHorizonte, Minas Gerais
; Não sou eu, mas eu fui assim; e cheguei a quase ficar assim! Nem graças ao elixir de inhame eu hoje seria assim. E sentí-la morrer comigo, só então sentí-lo morrer dentro de mim. [Falo sobre o comportado apático e sobre a sensação de assim ter sido]

segunda-feira, setembro 15, 2008

É que Móveis faz milagre!


É isso mesmo, a concordância não está errada não!



-Vô?

- Vai! (um pontapé pré-show nem atrapalha né?)


Horas depois...

- Puuuuuuuuuuutamerda mulheeeeer! (estourando tímpanos)

- O que? Han?

- Fui!

- E aí?

- Foi!

- Naaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaassa!


A verdade é que eu fiquei bem feliz, um feliz enciumado; afinal de contas uma de minhas meninas estava se envolvendo com um coyote negro bom de bico (Opa!), bom de uivo e de rosnado, e no fundo eu sabia que era perder a garota que ia nos envelopes; no fundo, eu sabia que o último endereço que eu a mandaria era praquele coração doído, (doído e apaixonado, diga-se de passagem).

Ela já saiu do envelope faz um tempo, hoje é uma dama de ouro, os rosnados e uivos são pra ela (as abaixadinhas de orelha também), o coiote cantante vira um galanteador rei de espadas e dentro do envelope guardado no fundo de um quarto sem porta, só Deus sabe o que acontece! (Deus e...cadê minha câmera?)

-Seis! Truco! Não é truco não, seis é só o começo, ou onze é o começo? Não importa começo, o que é importa é que não tem fim, os meios a gente vai vendo, sentindo, vivendo, amando, jogando truco, rosnando por aí, uivando pra amada, malhando escondido, escrevendo dedicatórias em livros, declarando amor em público, perdendo o juízo e outras cocitas mas, e o que bem ou mal for possível fazer, e claro, o impossível também, já que era impossível acontecer e aconteceu, por que não então ser sem limites?

Já é sem limites, e como Fernando Sabino já dizia: ‘...até desaparecer em direção ao infinito...’


- Sabe?

- Sei o que?

- Que Móveis move montanhas!

- Move o que? Como assim?

- E braços, pernas, mãos, beijos, e surdez momentânea e eufórica! (pelo menos foi isso que descreveram!); Te contar uma coisa...

- Han.

- Que placas tectônicas que nada, o que move mesmo é móveis, e sem parar!


[Nathália Duque Gonçalves]

4 comentários:

Ênne. disse...

A de fora ainda é minha!

F. Riso disse...

Foi ela quem conseguiu colocar em palavras o que eu só sei sentir.
Organizou quase tudo nessa desordem, citando detalhes sórdidos e cândidos.
Escreveu, cantou, poetizou.
E eu sei me lembrar.
Sensações, beijos, cheiro, medos...
Meu envelope agora é outro, meu destino é dele.

~ Nath, uma companheira de taverna.
Sabe ser o que é.
Um verde azulado doce, porque gosto de não ter limites.
Nós não temos, mas ela também não.
Eu te amo. ~

Anônimo disse...

Gewnt q coisa +LInda do lundo!! To super sensivel!!! Axo q sou emo e n sabia..
Lindo o q vc escreveu! Lindo o comentario da Tuco.. lindu tdo!!
Amu vcs!!

Unknown disse...

Gente, que coisa linda..
Conheci o seu moço Júlio no Eijaa... ele é um amor.
A Fernada, só pelo que a Nathy fala deve ser uma Florzinha!

Feliz, esse-tempo-todo-de-namoro procês!
E Nathy, você é uma poetiza!
Linda!
Lhe amo!